segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quando você fala o que quer...

A continuação a essa premissa é "... ouve o que não quer." e sim, eu costumo ouvir o que não quero e considero esse um preço justo pelo habito triste de dizer o que penso e se essa fosse a única consequência de se dizer o que pensa as coisas seriam ótimas!!!

Ouvir o que não quer é totalmente aceitável, afinal é impossível que todos sempre concordem com você/comigo da mesma forma que é impossível a qualquer ser humano na face da terra estar sempre certo. Acho mesmo muito pouco saudável que todos concordem com todos e eu não tenho necessidade existencial que todos achem minhas opiniões mais corretas, nobres e justas, todos estão muito livres para discordarem de mim.

Mas, o que ocorre na verdade quando você diz o que pensa geralmente não é a simples, boa e velha discordância, o que ocorre é que as pessoas se incomodam com pessoas francas e tendem a contrair inimizades com tais seres com uma facilidade assustadora.

Quando você fala o que quer a tendencia é você colecionar inimigos!!!

Minha irmã, com a ajuda do face, me mandou o seguinte recado:


É uma ironia dela, uma brincadeira de irmã e também um aviso para que eu modere minha língua...


Tudo bem, Rafaela é muito mais ponderada quando a revelar suas opiniões a respeito do que quer que seja e eu preciso aprender essa arte também. Porém, não consigo deixar de questionar o absurdo de que haja quem se torne seu inimigo mortal apenas por você ter o hábito de dizer suas opiniões francamente.

Putz, se não concorda não seria mais fácil expor francamente suas opiniões e ponto?!?! Falar na cara, colocar os pingos nos iii?

A proposito, começar a semana assim não é um bom pressagio, mas levem por menos, segunda-feira me deixa rabugenta!!!



quinta-feira, 26 de abril de 2012

O convite mais criativo, o suborno e o filme...

Alegria!!!! Alegria!!!! 


Romântica incorrigível como acabei me tornando, hoje o meu dia começou cheio desse sentimento, afinal depois de longos dias de espera o convite para o casamento da Mi (porque agora é que sou intima mesmoooo) chegou!!!

E sim, é preciso registrar, afinal, não é todo dia que uma pessoa depois de 10 anos enrolando o noivo esperando o momento certo decide trocar alianças e se apenas isso não fosse motivo ainda tem o fato de que  o convite de casamento de dona Mi foi o mais criativo e divertido que já vi.


O convite é a cara dela, lindo, divertido, inteligente, um pouco debochado e com um toque de romantismo ainda por cima. Eu amei, sei que vou guardar por toda vida como lembrança de um momento de muita felicidade em meio ao caos... Tanto que depois de muito tempo me animei a pegar minha seleção de 49 músicas preferidas e coloquei para tocar enquanto fazia minhas leituras... Foi ótimo... revigorante, felicidade faz bem a alma...


Ah, junto com o convite veio também o suborno... Mês passado, a Mi, me pediu para fazer uma resenha de um filme para o Notas de Rodapé, como fazia milhões de anos que eu não via um filme, tive que encarar o cinema ver alguma coisa produzida nesse século. Acabei assistindo "Entre dois mundos".

O problema é que do ver o filme ao fazer a resenha já demorooooo, mais demoroooou tanto que a minha querida amiga apelou para um suborno básico... E néh que deu certo!?! Não há nada que doces japoneses não consigam!!! Quando a resenha sai lá eu aviso aqui!!!


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Reconheço que não gosto da realidade...


"Reconheço que não gosto da realidade, que jamais gostei. Acatei como pude quando já não havia mais jeito de esquivar-me de suas leis, mas o texto dessas leis - que além do mais, são tantos - não entra na minha cabeça. Mal o retenho com um alinhavo precário, e de uma hora para outra o esqueço. Vou de sobressalto, desfazendo os nós confusos que atrapalham a tarefa, e sempre fico em dúvida se os desfiz direito."
(Carmen Martin Gaite, Nebulosidade Variável, p. 105)

Quando eu era criança meu pai costumava me "atormentar" me chamando de "Mundo da Lua", afinal, eu era levemente desatentar, vivia voando, sonhando acordada, fora do tempo presente. Mesmo sendo uma criança comunicativa sempre fui capaz de grandes momentos de introspecção, tão longos e profundos que o mundo poderia desabar e eu não veria.

Atravessei a adolescência desejando vencer essa capacidade de introspecção, controla-la, torna-la mais conveniente a minha realidade e nesses poucos anos de vida adulta percebo que tive ou tenho tido muito pouco sucesso nisso.

Eu não suporto a realidade em tempo integral... Ela me foge enquanto eu tenho alinhava-la de forma precária e continuo sonhando acordada e experimentando a dureza do chão enquanto não descubro por qual caminho se consegue "cair para cima".

Como escreveu Fernando Pessoa:

"Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja —
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar."

Mas, voltando ao paragrafo que deu inicio ao post, ele saiu do livro "Nebulosidade Variável" cuja leitura  seguida de uma forte identificação com as protagonistas e a amiga que me emprestou tem "me lembrado de não esquecer" que sofrer de inadequação crônica a certas formas da realidade não é um privilégio meu...

Talvez sejamos muitos espalhados pela multidão prestes a nos encontrar nas curvas do tempo, em becos improváveis, restaurantes em Shangai e momentos da vida...


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Primeiro Ano + Sorteio!!!


Essa semana o Em Quantos completou o seu primeiro aninho de vida, sim, estou, ainda que atrasada, em festa!

E festejando convido a quem se interessa para participar da comemoração e de um humilde sorteio de um livro ainda no clima do BookCrossing Blogueiro!