domingo, 12 de fevereiro de 2012

As sem-razões do amor...


As sem-razões do amor
Drummond

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
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Quando o assunto é amor esse poema de Drummond é o que melhor expressa todos os meus pensamentos e sonhos a respeito desse sentimento... Em relação as nossas pessoas, animais e objetos queridos nós até podemos elencar milhares de motivos pelos quais nos ligamos a eles, mas no fundo e na superfície, na minha pobre opinião, a verdade é que não há um motivo certo para que amemos certas pessoas e coisas...


Amamos porque amamos, é gratuito, é algo que transcende, que vai além de nossas forças e resoluções é Karma, é benção, é proteção, é risco... Amor é tudo e é nada... é a força que nos liga uns aos outros nos torna verdadeiramente amigos, pais e filhos, irmãos, amantes... companheiros...

Bem, falar de amor é algo fácil, mas também pode ser difícil... Pode ser aleatório ou por um motivo certeiro... Hoje estou falando de minhas opiniões sobre o amor graças a Aleska, que promoveu a Blogagem Coletiva "O amor salva"!


Te amo Aleskita, minha Menina das Ideias, o mundo é um lugar melhor quando você tem suas ideias nega!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dormir...

"Se eu fosse a Bela Adormecida, espetaria novamente o dedo na roca de fiar e dormiria por mais cem anos."

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Encontrei essa frase no blog @gabrielamrc achei tão adequada, esse é meu constante estado de espirito... É até difícil levantar da cama...


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Vilã

Por esses dias estive, entre outras coisas, lendo o celebre livro "Os três mosqueteiros", presente da Menina Velha mais fofa do mundo Ana Seerig que além de me presentear me acompanhou durante a leitura comentando me ouvindo no meu passo a passo, foi um prazer, já tinha esquecido o quanto é bom comentar um livro com alguém que o leu antes... Saudades de quando eu e Aline liamos juntas...


Depois da leitura, é justo que siga-se uma postagem a respeito, mas vou contar uma coisa a vocês, nesse livro não foi os lindos mosqueteiros Porthos, Athos, Aramis ou o fofíssimo D'artagnan que ganharam minha admiração e atenção, quem ganhou minha atenção realmente foi A vilã: Milady, cujos talentos para fazer o mal deixavam até o Cardeal, seu cúmplice e protetor, arrepiado. Aliás, ao receber a notícia de sua derrocada, ele até premia o responsável, sente alívio.


Sinceramente, o cinema ainda não fez justiça a essa vilã, ela não é essa pessoa que você olha e sabe que é má na hora!


Ela tem ar de inocente, cândida, angelical, olhando as imagens da última adaptação para o cinema vi que entre todas as atrises a que mais se encaixa no perfil de Milady seria a que fez Constança, a amante de D'atangnan, pura candura, loira, alva como a ideia ocidental de anjo.


Parece que os produtores dos filmes não se dão ao trabalho de ler os livros, Milady é o tipo que deixa de lado a Madrasta Má da Branca de Neve, que peca como vilã por mostrar sua verdadeira face de cara, só um bobo poderia engoli essa mulher como boazinha, a gente olha de cara e sabe quem ela é. Ela não é tão boa em dissimulação, Milady é, ela engana até o Athos, o mais inteligente e perspicaz dos mosqueteiros, destrói seus sonhos, sua inocência, lança ele em tão profunda amargura que o mosqueteiro só consegue afogar suas magoas em vinho! Acho que Milady convenceria até o Espelho Mágico de sua beleza no auge dos 25 anos.


Também deixa para trás a celebre Lady Macbeth de Shakespeare, responsável por instigar a ambição de Macbeth, por leva-lo a trair seu Rei, a matar, a ser traiçoeiro, capaz de transforma um pequeno fogo de ganancia em um incêndio voraz capar de destruir uma cidade inteira. Lady Macbeth poderia ser a  personificação do Demônio Cristão, uma mulher de maldade incrível, capaz de dizer coisas assim:

"Já amamentei, e sei como é bom amar a criança que me suga o leite. E, no entanto, eu teria lhe arrancado das gengivas desdentadas o meu mamilo e, estando aquela criancinha ainda a sorrir para mim, teria lhe rachado a cabeça tivesse eu jurado faze-lo, como tu juraste fazer o que queres fazer."
(Shakespeare, Macbeth, p. 34-35)


Mas, até mesmo essa mulher terrível fraqueja e em sonhos entrega seus segredos sangrentos, Milady não perde a pose nunca! Uma perfeita psicopata, homicida, inteligente, observadora, analisa tudo e todos que estão a sua volta, sempre mil passos adiante de seus perseguidores. Quem está em seu caminho sucumbe diante de sua capacidade vingativa, deixa um rastro de sangue por onde passa, aí dos que entram em seu caminho, na pior das adversidades ela friamente analisa, pensa, pondera e nas palavras de Dumas-Pai:

"E Milady deitou-se e adormeceu com um sorriso nos lábios; quem quer que a visse dormindo diria que era uma menina sonhando com a coroa de flores que poria na cabeça na próxima festa."
(Dumas, Os três mosqueteiros, p. 413)

Capaz de fazer pecar qualquer santo, de enganar até mesmo o mais astuto, de levar a morte o mais experiente, uma pessoa assustadora, sem limites! Se ela fosse a madrasta ou a vilã das histórias Disney as princesas nunca iam sobreviver para tirar uma onda dessas por exemplo:


Porque, apesar de ser derrotada no final, como acontece com toda vilã, quase todas as vinganças que ela planejou foram realizadas de um jeito ou de outro. Para ser vencida todos os seus inimigos tiveram que juntar foças e não pense que ficaram felizes depois do fim, não ficaram não violão, porque não conseguiram evitar grande parte de seus crimes... Seus corações ficaram destroçados no final das contas!

Ela é a mãe de todas as nossas odiadas vilãs da teledramaturgia, olhando para as vilãs de fins do século XX e de início do XXI vejo que muitas delas reúnem com maior e menor sucesso características dela, não sou o tipo "noveleira", na verdade estou sendo iniciada agora nessa arte pelo meu nobre pai que se descobriu um fã de novelas.

Sobre as poucas novelas que vi, posso dizer que:

Tereza Christina, não chega nem perto dela, Milady não da piti e antes de se separar do marido ela teria envenenado ele, sem deixar pistas, como aliás fez com seu segundo marido herdando dele uma fortuna!


Uma que chegou perto foi Paola Bracho, confesso que nunca fui muito fã de vilãs, mas essa era má, dissimulada, só pensava em si e tal como Milady tinha sete mil vidas!


Raquel de Mulheres de Areia não era tão dissimulada assim, todo mundo saca quem ela é, menos o otário do Marcos!


Uma que também chega perto é a Clara de Passíone, não acompanhei essa novela, mas eu lembro que na época em que a novela passava a Dama de Cinzas comentou em seu blog Confissões Ácidas (juro que tentei achar o post) sobre ela, fingida, coitadinha, chorava, emocionava, todo mundo queria colocar no colo,   dava uma de frágil menina não tem ninguém, e no final dava o bote, era uma cobra! Sinceramente, Mariane tem toda a pinta de Milady, devia interpreta-la em alguma adaptação!


Enfim, avacalhei o sistema e em vez de tratar dos heróis tratei da vilã, mas para não ficar em divida com os que por algum acaso quiserem saber um pouco mais sobre esse livro, deixo os links de duas excelentes postagens sobre o livro:

A da Ana. no "Alguma coisa a mais para ti ler..." : Os três mosqueteiros

E da  Jussara do "Palavras Vagabundas" : Capa, espada, Paris

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A passagem aumentou, mas...

Todo Tempo!
Semana terminando, mês começando... e eu aqui fazendo as contas de começo de mês e pensando, desde que estou de licença do meu trabalho passei a ter uma nova despesa: "as passagens de ônibus", como vou quase todos os dias ao arquivo continuo a ser uma assídua cliente da Grande Recife, só que dessa vez, mesmo que pela metade a passagem sai do meu nobre bolsinho de bolsista Capes.

É incrível como aumenta o preço da passagem, mas a qualidade do transporte público em Recife continua a mesma porcaria, se deslocar de sua casa para o trabalho é uma verdadeira saga, se o arquivo for no centro se prepare para o aperto... Sete hora da madruga (a manhã só começa as 9 rsrs.. ) e o ônibus já tá pior do que uma lata de sardinha, aliás, outro dia fui dizer isso e o senhor que estava ao lado olhou pra mim bem de "cima pra baixo" e disse "na lata de sardinha tem mais espaço". #RiMuito


E se subir e seguir viagem é uma aventura, descer não fica pra trás, porque em um ônibus lotado você não desse você é vomitado para fora, aperta aqui, espreme ali... Joga, empurra, escorrega, acutuvela, machuca o ombro que doí e pluf! A pessoa é jogada fora do ônibus, só falta cair no chão de joelhos respirando desesperadamente o sagrado ar poluído da urbe \o/  #Exagerada


E esse espreme, sufoca, empurra é quando você precisa ir no centro de Recife... Quando a minha direção é outra eu faço integração e aí coisa muda, porque ai eu vou pegar o ônibus no terminal então ele sempre está vazio e eu posso sentar na minha cadeira de sempre... O  único problema é que o terminal do meu ônibus é temperamental e bipolar, ou seja, todo dia ele está em um lugar diferente, um dia o ônibus desce no outro dia não, ele fica lá em cima e quando ele não desce advinha quem tem que subir?!?!?! o/ Pois é... eu e mais mil (táh exagerei, não chega a mil rsrsrs...; ), mas é bastante gente...

Mas bem, se o lugarzinho de sempre é garantido no ônibus 1, no ônibus 2 nem pensar... O ônibus 2 é sinônimo de guerra!!!


Na hora que a porta abre todo mundo vai pra cima é o maior tumulto. Lembro que quando comecei a pegar ônibus a multidão me assustava eu morria de medo, chegava a passar 4 ônibus antes de diminuir o volume de pessoas e enfim eu embarcar... Depois de um tempo isso me cansou, o espirito da brutalidade entrou em mim e sim, hoje eu sou uma mulher diferente!


Eu não sou do time que corre assim que a porta abre, eu sou do time que respira fundo, olha a multidão em cima da porta e encara! Larguei o medo da multidão em algum lugar e não encontro mais, parei de fazer o tipo assustada, agora eu vou fundo conquistar o meu lugar, quase sempre espremida próxima a porta no meio das pessoas mais gaiatas do ônibus que fazem muita piada com a situação! #PiorQueDiverter


Ah, e não vamos esquecer o passa tempo da viagem, porque não basta subir ladeira no sol, enfrentar uma multidão para entrar no ônibus, levar cutuvelada, ter seu braço machucado, ser amassada e espremida mais que uma sardinha em lada, você ainda precisa ouvir a seguinte canção:


"Eu quero ouvir o grito só das novinhas que transa
eu... eu...
será que tem novinha aí que quer fazer amor?
eu... eu...
quando o bonde chega as novinhas dizem o quê?
quero desandar, quero desandar
hoje ninguem é de ninguem e a orgia vai rolar
a bilheteria estorou aqui ta cheio de novinha
de blush e de franjinha e de blusa decotadinha
ta tudo pegando fogo abana a checa das novinhas...
tem novinha aí que papai ainda balança
chupetinha na boca dar a maior manha
as novinhas de hoje não querem nem saber
as filhinhas de papai tão botando pra...
quando chega no brega toma wisky e red bull
desce até o chão e rebola o bum bum
chega de madruga e pula a janela
o pai dela ta dormindo... levou um boa noite cinderela"

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Viajar pela leitura...



Viajar pela leitura

Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

E dessas viagens surgem as populares resenhas com as quais continuo me espalhando pelos blogs, to lá na Saleta:


# Resenha do livro "Coraline" de Neil Gaiman #