segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meus agradecimentos...

Gente muito obrigada pelo apoio de vocês...
É muito bom poder desabafar, mas ótimo mesmo é ouvir as pessoas, sentir que elas se importam a ponto de tentar dizer algo que ajude...

Palavras podem derrubar e levantar alguém... Obrigada!!!



A princípio eu esqueci de colocar isso na postagem, mas "antes tarde que nunca", convido a quem curte literatura e música a conferir o penúltimo post da série de post sobre Jane Austen produzida em parceria com as blogueiras Ana Seerig, Aleska Lemos e Bruna Tavares, nele não se fala nos livros, mas nos bailes...




Especial Jane Austen: Bailes na época de Jane Austen!






quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Disposição pra escrever...


Gente, só para desabafar... Como está difícil achar o fio da meada para concluir a primeira parte de minha dissertação... Como está difícil... como está difícil... E não é nem disposição... É, nem sei o que... Eu já li os textos, li novamente, fichei... Já fui pra cima e pra baixo... E ainda estou presa... É desesperador! Ontem eu estava assim... com a cara no livro... note aberto...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sobre o que gosto de escrever...

As vezes lendo os blogs dos meus companheiros de virtualidade e escrevendo meus posts tenho a impressão  que mesmo as pessoas que não tem um blog focado em uma coisa especifica sempre têm um tema sobre o qual gostam mais de escrever.

Eu particularmente gosto de escrever sobre praticamente tudo e esse blog não tem um tema especifico e espero que nunca venha a ter, mas confesso que tenho um chumbregozinho* maior com a literatura! Amooo falar de meus livros, amo encontrar com pessoas que compartilham do meu amor por determinadas histórias e certos contadores de história em especial.

Esse mês eu completo 4 anos de vida blogueira e talvez por isso como uma das minhas formas de comemoração tenha convidado a Aleska e a Ana Seerig para junto comigo construir no Em Quantos uma serie de postagens sobre Austen, mesmo o Em Quantos não sendo meu blog pessoal, é muitoooo bom encontrar pessoas que amam a leitura e algum autor que você também ame, mas espalhar isso aos quatro ventos não tem preço \o/


Como eu, a Aleska e a Seerig gostamos de Austen lindamente formamos parceria para falar sobre os romances dela.

Hoje é o dia da postagem da Ana, minha #MeninaVelha  eu como boa amiga coruja que sou, não resisto a tentação de convidar as pessoas que por ventura passarem por esse humilde bloguito a conferirem o que ela escreveu sobre o romance Razão e Sensibilidade lá no Em Quantos:

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*Chumbrego: putz definir palavra do vocabulário local é triste, mas pode ser entendida como "agarrado", chamego, chodô, tamo juntos e misturados, safadeza, coisas assim... Geralmente o povo usa essa palavra quando ver um casal de namorados na maior pegação ai alguém olha e diz: "Menino que chumbrego ein!", mas aqui eu usei para falar do meu agarrado com a literatura... É um chumbrego só!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Palavras de Pórtico

 

Seguindo nossa fofa Wikipédia:

"... pórtico é o local coberto à entrada de um edifício, de um templo ou de um palácio" 

Palavras de Pórtico é uma nota solta de Fernando Pessoa, escolhida para iniciar o conjunto de obras dele reunidos por Maria Aliete Galhoz em"O Eu profundo e os outros Eus", que em 1980 já estava em sua 9ª reedição,  e  justamente um dos volumes dessa reedição que está comigo desde 2002.

Vez ou outra eu topo com algum trecho dessa nota de Pessoa aqui e acula e esse encontro sempre me lembra meus dias de adolescente agarrada com esse livro para cima e para baixo, para um lado e para o outro. #BoaLembrança

Já faz uma década desde a minha primeira leitura desse livro e dessas palavras de pórtico... Me pergunto como parece ter passado tanto tempo e tempo nenhum ao mesmo tempo...

As vezes parece que os 25 anos são outra adolescencia, você é novamente velha demais para muitas coisas e jovem demais para tantas outras, está no caminho do meio, nem é a jovem de 20 anos entrando no mundo dos adultos, no início do curso universitário... querendo abraçar a vida com as pernas, trabalha-estuda-trabalha-namora-igreja, nem é a pessoa madura dos 30, que reza a lenda contada por minhas amigas balzaquianas, já sabe o que é e o que não é, o que quer e o que não quer e pode fazer o que quer \o/

A parte isso, em minha nova adolescencia observo as marcas que a velha deixou nesse livro, engraçado como os nossos livros mais antigos e queridos vão juntando dentro de si nossas histórias. Essa edição carrega uma história, não só a dos escritos do Pessoa, mas a minha vida com os escritos do Pessoa, as notas, os rabiscos, alguns marca páginas diferentes, verdadeiros moradores desse livro.

O senhor Koenma de Yu Yu Hakusho, foi feito por um amigo querido, acho que foi da época anterior ao vestibular:


Essa menina fofinha também mora no livro, não lembro dela nem de que anime saiu, mas é fofa néh?!


A flor azul que deve ter saído de alguma decoração da Escola Dominical e marca o Pastor Amoroso e algumas de minhas passagens favoritas:


"O amor é uma companhia"

"Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela
Não sei bem o que penso, mesmo dela, e eu não penso senão nela."

"Todos os dias agora acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava com sensação nenhuma: acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações,
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer coisa para eu acordar de novo.
"

Tem a marcação de Rafaela, sobre a qual eu nada sei:


E até mesmo a marcação de um amigo querido a quem emprestei o livro:


Possivelmente outras marcações se juntarão a essas, possivelmente outros marcadores/moradores se juntem a esses, espero por eles, que venham se tiverem que vim, que cheguem em tempo, que esse livro seja repleto de histórias, as mais lindas e variadas enquanto eu e os meus nos encontramos e reencontramos com Fernando Pessoa e seus muitos Eus em nossas sucessivas adolescencias... Quanto tempo mais durará esta???

Ah, deixo aqui essa nota solta dele na integra, mesmo não trazendo ela na integra para os pórticos da minha vida, deixo ela inteira porque as pessoas costumam frisar pequenas partes do que em si já é uma pequena parte de algo que a gente nem sabe o que é nem tem como saber ao certo... Essa coisa de citar de pedacinho nem sempre é algo muito justo com a pessoa do Fernando...


Palavras de Pórtico

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso."
Quero para mim o espirito [d]esta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário: o que é necessário é criar.
Não canto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torna-la grande, ainda que para isso tenha que ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torna-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o proposito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Animação japonesa e paternidade: Usagi Drop!


Segundo a Wikipédia a palavra ANIME:

"... tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais. Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão."

E esse não é um blog dedicado a animes, mas, como alguns sabem e outros suspeitam eu costumo assistir esse tipo de animação com alguma frequência e ocasionalmente me sinto emocionalmente obrigada a registrar quando isso ocorre aqui.

Usagi Drop é um anime que conta a história de como um homem de 30 anos, Daikichi, se torna pai de uma menina de 6 anos, Rin, de forma muito original e rotineira ao mesmo tempo... Afinal, ao mesmo tempo que é improvavel que alguém descubra que seu avô falecido deixou uma filha de 6 anos, é meio corriqueiro ver homens de 30 vivendo os desafios da paternidade, mesmo nunca tendo desejado ardentemente ser  pai.

Rin e Daikichi se conhecem no velório do avó que o Daikichi  e todo o resto da família não viam ou tinham notícia a anos. Então todos se surpreendem com a pequena Rin e ficam totalmente sem saber o que fazer ou o  destino a dar aquela menina aparentemente tímida, cuja mãe, além de tudo, é desconhecida de todos.

Rin aparece do nada na vida deles e já aparece como uma responsabilidade que ninguém quer assumir, afinal todos sabem o quanto uma criança exige, exceto talvez o herói dessa história rsrsrs...  A decisão da família é levar a menina para um orfanato, mas na hora H o Daikichi, um solteirão de 30 anos que mora sozinho e nem namorada tem, decide adotar a Rin.

Aparentemente do nada ele toma para si essa responsabilidade, sem ter nem ideia do que é cuidar de uma criança e dando inicio a uma história muito linda  cujo nome é "Usagi Drop" e nós podemos acompanhar em 11 episódios muito fofos, com uma estética linda, terna, impecável!!! Sim, eu amei superlativamente falando!!!

Como Daikichi não sabe nada sobre cuidar de crianças é a Rin, os outros pais que ele conhece ao longo da história e os muitos sustos naturais a paternidade que vão ensinando na prática como as coisas são ao nosso nobre herói... Realmente as boas intensões são ótimas para encher o Inferno porque o que deve encher o céus são mesmo as boas ações e como Daikichi é bom em ter boas práticas como pai!!!

É sabido por todos que "ser pai" não é fácil acompanhado, o que se dirá sozinho??? Até eu sei o quanto coisas aparentemente fáceis podem ser muito difíceis e as difíceis podem ser até muito agradáveis, mas não deixam de ser difíceis por isso!


Várias são as descobertas, os desafios, as pequenas coisas a descobrir e realizar quando o assunto é ser pai solteiro. Como por exemplo: arrumar o cabelo da moça, lindo observar como ele aprende pouco a pouco; criar horários para estar junto, Daikichi acaba tendo que trocar de posto na empresa; a adaptação a nova rotina; a constatação de que o pai é um exemplo; o abandono de velhos hábitos pelo simples motivo de fazerem mal a criança;  aprender a pensar nos outros antes de pensar em si; a nova convivência com as crianças; a emoção contida nas festinhas da escola; o valor de uma foto!


O sofrimento com as enormes coisas pequenas tipo doenças infantis; a emoção advinda da simples troca de dentes de leite por dentes permanentes; o valor da vida, a sua vida, afinal se você  é pai você sabe que não pode morrer nem tão cedo, afinal quem vai cuidar melhor que você da pequena? A alegria de ver outro ser humano descobrindo as coisas boas da vida, como uma flor que vai desabrochando na primavera!


Pensando nisso eu constato que nem todos os homens que se vem responsáveis por uma criança conseguem se transformar em pais... Ser pai é algo muito mais complexo do que fecundar um ovulo, registrar uma criança em cartório ou pagar as infindáveis contas que uma criança gera naturalmente.

Para ser pai é preciso se deixar envolver por essa onda que é uma criança, deixar mesmo que ela sozinha, e sem esforço, tome conta da sua vida  inteira, ao menos por um tempo, ser pai é permitir que uma filha ou filho se torne importante.

Eu não sei o que é "ter filho" ou "ser mãe", nunca vou "ser pai" (por motivos óbvios rsrs), mas qualquer pessoa que pare e observe pais e mães verdadeiros vai ver que algo como um filho modifica totalmente a vida de um ser humano, seja ele homem ou mulher, e isso geralmente é muito positivo... A paternidade e a maternidade costumam fazer as pessoas reverem conceitos e se tornarem seres humanos melhores.

Quando uma criança nasce com certeza ela tem muito a aprender sobre esse lugar assustador, lindo, glorioso e cruel que é o mundo, mas tenho a sutil impressão que toda criança também tem muito a ensinar ao mundo a começar pelos seus responsáveis.


Rin ensina ao Daikichi assim como os filhos ensinam aos pais coisas que eu ainda não sei, mas suspeito. Usagi Drop lembra ainda que não existe uma única forma de ser pai ou um pai perfeito... E me faz pensar que talvez existam várias formas de ser pai e nenhuma delas seja a perfeita.

E a proposito disso, só para constar, hoje é aniversário do meu pai... Ele não é o tipo que ler blogs ou coisas do gênero, nós não somos o tipo que vive agarrado um ao outro e coisas do gênero... Na verdade nós costumamos brigar assim, mais ou menos, com pequenas variações disformes e raras, "um dia sim e o outro também", por motivos tão fúteis que chegam a ser irritantes para quase todo mundo a começar por nós dois.


Mas, ainda assim um Pai é sempre um Pai e vale a pena lembrar disso em qualquer tempo e mais ainda no dia do aniversário.

E sim, deixo o meu obrigada a Mi do Notas de Rodapé pela indicação. Obrigada Mi, foi meu último anime de 2011 e a primeira postagem de 2012 \o/

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Seguindo o exemplo da Pers, do Um pouco de Shoujo, deixo o link de onde se pode baixar o anime: Yokai Animes.