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domingo, 2 de dezembro de 2012

Eu, meus tios, meu pai e os Vingadores...


Eu não sei, porém suspeito que toda menina vê em seu pai um herói em potencial. Bem, eu não sou diferente, mas adicionaria a mistura dos heróis de minha vida os meus tios, irmãos da minha mãe. Modéstia a parte, eu não tenho um herói, eu tenho um time de heróis em minha vida.

E desde que assisti ao filme "Os vingadores" venho pensando que nenhum time de heróis jamais visto se encaixa tão bem no meu time como o formado pelo Thor, Hulk, Capitão América e Iron Man, nunca vi heróis que me lembrem tanto meus tios, a começar pelo Hulk, copia esculpida e encarnada do meu pai.

Parece brincadeira, mas realmente meu pai é até fisicamente parecido com o Hulk. Sabe aquele tipo com os braços musculosos mais por genética e trabalho pesado que por malhar, perna grossa, nariz de porrote, totalmente bipolar que quando fica bravo esmaga tudo?!? Pois é. Esse é meu pai.  Quando ele fica bravo e grita "JACILENE!!!" eu tenho a nítida impressão que ele passa de preto pra verde.

Apesar do Hulk ser aquele tipo de personagem que faz a diferença em situações de crises e é melhor ter ele do seu lado do que contra você, eu definitivamente não acho esse temperamento do meu pai nada agradável. Como o Hulk, quando ele está normal é uma pessoa super legal, inteligente, agradável, educada, mas sinceramente, os momentos de explosão de painho me tiram do sério. Ele é totalmente irritante e cada vez que alguém diz "O Hulk é meu Vingador favorito!" eu tenho vontade de dizer: "Tu acha? Então porque tu não leva pra casa?" ou "Ah, tu acha? Quer o meu pai emprestado? Ele é o Hulk.". Eu tenho certeza que pessoas que amam o Hulk  se tivessem que conviver com ele por uma semana iam virar fãs inveteradas do Capitão América.

E falando do Capitão América, esse só me faz lembrar do meu tio José Edson. Sabe aquela pessoa certinha, cristã, toda trabalhada no politicamente correto que até arrecada dinheiro entre os familiares para fazer festa de Pascoa, Dia das Crianças e Natal das crianças carentes do bairro? Pois é, esse é meu Tio Zé.

Os maiores sermões que eu recebi ao longo da minha infância foram dele e sim, as vezes ele é bem chatinho, mas é um chato positivo que se importa com as pessoas e sempre me incentiva nos meus projetos. Ele é marceneiro e foi ele quem fez a minha primeira prateleira de livros, bem pequena, e a segunda enorme que domina duas das paredes do meu quarto e precisou de mil e uma gambiarras para ser erguida e ficar suficientemente firme para ele.



O contrario do Tio Zé é o Tio Wellington. Não sei como alguém consegue ser tão vaidoso em apenas uma encarnação! Sim, Tio Wellington é tipo Tony Stark. Não é muito politicamente correto, chega até a ser um pouco metido, mas é totalmente sedutor, tem um jeito inteligente e cativa as pessoas.

Ele é o irmão mais novo de minha mãe e ela é totalmente apaixonada por ele, não há nada que ele faça que ela não consiga perdoar quando ele chega todo charmoso perto dela.

E por ultimo tem aquele tio que é simplesmente fabuloso, educado, polido, fofo, preferido, perfeito, ou seja, o Thor.

Desde o meu nascimento que eu tenho um caso de amor explicito com tio Vando, segundo minha mãe ele já era apegado ao bebê que eu fui e eu já tinha preferencia por ele com meses. Quando completei um ano ele era padeiro, então o meu bolo de 1 ano, do Popeye, foi ele quem fez. Não teve festa ou coisa do tipo, foi só um bolo mesmo, para bater parabéns e tirar foto, um foto para ser exata.

Mais tarde descobriram que eu não gostava de bolo então ele passou a fazer tortas, até os sete anos ele sempre me trazia uma torta de aniversário, a medida que eu fui crescendo os presentes foram mudando.

Meu primeiro diário foi o Tio Vando quem me deu, foi a primeira pessoa que me incentivou a escrever e meu jeito nerd de ser sempre foi valorizado por ele. Nunca tivemos um desentendimento sequer, talvez porque o meu padrão de comportamento com Tio Vando sempre é o de uma criança de sete anos, acho que eu só falto miar de tanto dengo, não sinto a minima necessidade de me afirma como adulta diante do meu tio, bem ele também não deixa eu posso fazer o que néh?!?! Nem eu mesma me reconheço de tão derretida que fico, sou totalmente babona dele e painho vive dizendo que tio Vando é meu babão. Dãh, isso é ciúmes.


Táh, eu não resisti a imagem rsrsr, mas painho nunca brigou com nenhum dos irmãos de mainha, os irmãos de mainha são muito da paz, diferente dos irmãos de painho que são de guerra, Hulks em potencial.

Enfim, é engraçado pensar nesses homens, ponderar as memórias e ri sozinha enquanto escrevo. Talvez eu exagere as qualidade de uns, ou nos defeitos dos outros. Talvez Freud seja capaz de explicar, sei lá... Só sei que amo esses homens, eles são os meus heróis de verdade e antes que o mundo acabe ou que esse ano termine não queria deixar de escrever esse texto e preservar essas memórias no bloguito.
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P.S.: E sim, ainda sobre tios, quase esqueci do meu tio da virtualidade, o Sr. Verden, afetuoso, educado e querido por mim, como todo tio deve ser.

Ainda estou para decidi quais dos heróis das revistas em quadrinho o meu Tio Verden seria. Talvez o Batman, que é um ser solitário, noturno, sério e quieto.

Se Allan Poe escrevesse roteiros para revista em quadrinhos talvez o herói mais próximo a narrativa dele fosse o homem morcego e como Poe me lembra o sr. Verden, talvez a comparação seja a mais adequada.

Mas realmente não estou certa se o Senhor Verden vai gostar da comparação.

sábado, 29 de setembro de 2012

Breve Canção de Sonho... Coisas de fim de novela...

Breve canção de sonho é o titulo de uma canção tema de um casal da novela das sete que chegou ao fim hoje, a Cheias de Charme.


Desde que meu pai se aposentou duas coisas passaram a fazer parte da rotina da casa: nossas brigas e as novelas...

E eu descobrir que realmente meu pai é enervante, eu tenho um folego enorme para discussões sem pé nem cabeça e novela pode ser legal.

Novelas são como aqueles romances da Nova Cultura, te fazem sonhar, desejar viver um grande amor e para completar ainda tem a trilha a sonora.

Eu não sou lá muito musical, mas não houve forma possível ou imaginaria de eu não me apaixonar perdidamente pela música "Breve Canção de Sonho". Que música linda!!! Não da para não amar!!!

Me tocou profundamente, me toca profundamente ouvir essa canção, mesmo eu que sempre digo "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram", vou sentir falta de ligar a televisão e vez ou outra ouvir as notas e os versos dessa canção.

Vou demorar a me habituar a não ver mais os personagens da trama, suas idas e vindas, amores e desamores, momentos difíceis e felizes, sorrisos e lágrimas...

Noveleiras, abram os braços e recebam mais uma nesse time enorme \o/

 

Breve Canção De Sonho
Zélia Duncan

Dormi sozinha e acordei
Cantando a nossa canção
Canção que só escutei
Num sonho que eu não lembrei
Mas juro havia paixão

Ainda vou me lembrar
De cada nota e refrão
Só sei que cê tava lá
E tudo o que aconteceu
Fugiu pra outro lugar

Não sei se posso falar assim do que vi
Você cantava pra mim
Suspiros, flores, perdão
Canção de amor é assim

Dormi sozinha e acordei
Cantando a nossa canção
Canção que só escutei
Num sonho que eu não lembrei
Mas juro havia paixão

Não sei se posso falar assim do que vi
Você cantava pra mim
Suspiros, flores, perdão
Canção de amor é assim

Não sei se posso falar assim do que vi sem saber
Você cantava pra mim
Se é ato falho, não sei
Canção de amor é assim

Você cantava pra mim
Se é ato falho, não sei
Canção de amor é assim

Você cantava pra mim
Suspiros, flores, perdão
Canção de amor é assim

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Blogagem Coletiva: Presentes que Desejei e nunca ganhei...

Ah, que eu zapeando pelos blogs cai no blog do Christian, Escritos Lisérgicos, e vi essa blogagem proposta pela Patricia do Café entre Amigos. Achei legal e resolvi embarcar na brincadeira e pensar naqueles presentes que eu desejei e não ganhei.


Vamos lá!!!

O primeiro presente que me vem a mente é aquelas pulseiras de molas coloridas. Todo mundo tinha eu achava demais e queria muito uma. Pedi a Painho, mas ele era meio averso a esses brinquedos da moda, filho de uma família evangélica meio louca via tudo que era muito colorido, popular e aparecia na televisão como coisa do diabo. Ele  me enrolou com outros brinquedos e nunca comprou a pulseira de mola. Foi triste porque eu era difícil de esquecer as coisas.

Outro presente que eu sempre quis e nunca ganhei foi um patins. Frustração mega reforçada de uma vida inteira. Sentiu o drama? Pois é, imagina quando Painho disse o redondo NÃO há 16 anos atrás!!! Oxeee, vcs não tem noção do que pedi, chorei, implorei, chorei mais, emburrei por dias, chorei mais ainda, fiz cara de nojo quando ele chegou de viagem com um brinquedo lá do Maranhão (nessa época ele era motorista de ônibus interestadual), chorei mais um pouquinho e nada.

Ele disse, gritou, que o patins era perigoso e muitas crianças ficavam seriamente machucadas com eles. Eu ainda apelei para meus tios e minha avó, mas aos 11 anos eu tinha um alto índice de quedas com meus pés no chão e ninguém me apoiou a tentar as rodas. #MundoCruelSanguinolento

Outro grande presente que eu quis muito e nunca ganhei, foi o tal do discman!

Esse eu pedi como presente de  15 anos e foi o mesmo sistema do patins: pedi, recebi o não e comecei a sequencia choro, mais choro, cara feia, bico, apelação, exposição de argumentos, busca de apoio familiar.

Painho novamente foi irredutível com o Não. Aliás eu acho que NÃO é a única palavra que meu pai conhece até hoje.

Meu pai disse, na verdade ele gritou, que o discman fazia mal aos ouvidos, que eu já havia tido dor de ouvido na infância (eu nem lembrava mais disso) e meu ouvido já havia estourando e podia voltar a estourar e era NÃO MESMOOO, papo encerrado.

Pois é... pois é... pois é... Como eu fui uma criança sofredora!!! Buaaaa... Como meu pai era mau e sanguinolentoooo!!!! buaaaaaaaa...


Pausa para questão existencial profunda:

"Qual criança na face da terra nunca teve um probleminha ou outro no ouvido, uma dor, uma inflamaçãozinha de nada???"

Aaaah, mas claro que quando eu comecei a trabalhar uma das minhas primeiras compras foi um MP4, na minha opinião uma evolução do discman. Custou caro para o meu salário de professora iniciante, mas a sensação foi ótima, compensou cada centavo. Meu mp4 era lindo, dava para ver videos, tinha 2G de memória e só não fazia chover e mais linda e perfeita foi a sensação de estar desafiando e vencendo meu pai!!!

É claro que não demorou muito para meu ouvido inflamar... Lembro que quando as pessoas me perguntavam: "Como foi isso?" Eu tinha vontade de responder: "Praga de pai! Sabia que elas também pegam?" (Na verdade eu dizia mesmo!).

Acho que esses foram os três presentes que eu mais quis ganhar e não ganhei! Claro, houveram outros, mas acho que esses foram os mais significativos. Ironicamente, apesar da frustração que geraram, lembrar deles foi até divertido. Eu amei escrever essa postagem.