quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cazuza!

Hoje acontece mais um aniversário de morte de um de meus poetas preferidos, dessa vez o anivessariante é Cazuza...

No meu imaginário Cazuza aparece muito mais como poeta do que com cantor, uma vez que tive primeiro contato com as letras de suas canções escritas, lidas em livros didáticos e afins. Só depois de bem crescida, quando dominei a tecnologia do computador conheci o Cazuza cantor, o que aconteceu pq eu não era uma adolescente muito dada a escutar músicas, não era mesmo meu forte, eu gostava mesmo era de ler, nunca fez muita diferença o que eu escutava, muito diferente do que eu lia, isso sim fazia toda a diferença.

E sempre que eu achava uma música de Cazuza ela se fixava a minha memória, lembro que eu costumava recitar Exagerado para Rafaela, minha irmã caçula, eu dizia a ela: "Amor da minha vida, daqui até a eternidade..." e realmente ela é o amor da minha vida... minha irmã é linda, é a coisa mais linda do mundo e enquanto era criança gostava dessas leseras...

Também gostava de Malandragem, li a letra dessa canção em algum lugar e adotei: "Quem sabe ainda sou uma garotinha..." eu gostava dela pq sempre esperava o ônibus da escola sozinha e durante um tempo ir para a escola me deixava melancólica, eu rezava baixo mesmo pedindo perdão por meio mundo de coisas más que eu pensava e coragem... Depois eu passei a caminhar da minha casa até a escola, mas não parei de pensar nessa música, fui descobrindo Cazuza aos poucos nos meus momentos de melancolia... depois conheci aquela música "Minha flor meu bebê" que conta tão bem uma história altamente boba que eu vivi. 

Houveram outras canções associadas a uma critica social e a conteúdos de história das quais eu gosto muito, porém para concluir deixo aqui, como forma de marcar a memória desse dia e não como forma de celebração, a letra de "Todo amor que houver nessa vida" que, na  minha opinião- que não é isso tudo, ficou perfeita na voz de Maria Bethania.

Todo amor que houver nessa vida
Composição: Frejat/ Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
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Ah, até pouco tempo atrás todos os meus autores preferidos formavam um celebre batalhão de mortos,  não tinha um vivo sequer, esceto os que se relacionavam a minha vida profissional!! Recentemente adicionei a essa galeria estranha alguns autores vivos, e o curioso é que muitas vezes eu me pego sentindo um estranhamento enorme em  gostar da produção de autores vivos enquanto não sinto nenhum estranhamento em gostar da produção de um  Cazuza, que viveu de uma forma tão constantemente condenada por meus pares dentro da sociedade.

2 comentários:

  1. Olá querida, me desculpe mas será que vc poderia votar de novo no meu blog, nos selos. Mudei o layot, o outro não estava computando votos.
    Obrigada!
    Beijinhos a vc

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